A participação da comunidade acadêmica na construção de políticas públicas que fortalecem o processo de ressocialização nos presídios de Alagoas é incentivada pelo Governo de Alagoas. No último sábado, 20, gestores da Secretaria de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) receberam estudantes pós-graduandos do curso de Perícia Psicológica Criminal do Cesmac, acompanhados do professor promotor Flávio Gomes, no sistema prisional.
Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer uma realidade diferente daquilo que a maioria esperava. Custodiados fora das celas, trabalhando e estudando, no Núcleo Ressocializador da Capital, um moderno Sistema de Videomonitoramento, capaz de flagrar qualquer atitude suspeita nos presídios, pacientes sendo bem tratados, no Centro Psiquiátrico Judiciário, e apenadas cumprindo pena em uma unidade moderna, no Santa Luzia.
A assistente social Valdijane Araújo é aluna da pós-graduação e servidora penitenciária. Ela afirma que a curiosidade das colegas de turma era grande para conhecer a eficácia dos projetos nos presídios alagoanos. “Estudamos sobre a realidade daqueles que estão encarcerados e realizamos debates em sala, mas nada se compara com a prática, um novo mundo. Trata-se de uma vivência única para quebrar paradigmas e mitos”, salienta.
Para psicóloga Jéssica de Freitas foi uma experiência enriquecedora entrar em uma cela e conhecer a dinâmica de trabalho dos agentes penitenciários. “Conciliar a teórica com a prática aqui no presídio representa uma grande oportunidade para quem busca se qualificar como psicóloga. No presídio os servidores têm um grande desafio: ressocializar. E nesta visita vimos vários projetos, como cursos e trabalhos, bem executados”, fala Jéssica.
O promotor Flávio Gomes lembra que é fundamental aproximar o meio acadêmico do sistema prisional para somar com as ações de reintegração social disseminadas pela Seris. “Agradeço ao gestor da Ressocialização tenente-coronel Marcos Sérgio de Freitas, que abriu as portas das unidades e a atenção dada pelos servidores penitenciários, sobretudo, o chefe de Unidades Penitenciárias, José de Oliveira Neto, que ofertou conhecimentos aos alunos”.
Fonte: www.tribunahoje.com