Arquivo Público realiza 45ª edição do Chá de Memória com lançamento de livros do historiador Douglas Apratto Tenório

Lançamento do vice-reitor do Cesmac, acontecem no dia 06 de dezembro, às 19h, na sede do Arquivo Público, em Jaraguá

22/11/2022 às 13h19

O Arquivo Público de Alagoas (APA) promove, no dia 6 de dezembro, às 19h, a 45ª edição do projeto Chá de Memória, com o lançamento de quatro livros do historiador e vice-reitor do Cesmac Prof. Dr. Douglas Apratto Tenório: "As vilas operárias, a mulher e o algodão em Alagoas”, "O Silêncio dos Esquecidos", "A presença Holandesa" e "A Tragédia do Populismo: o impeachment de Muniz Falcão". O evento acontece na sede do Arquivo Público, localizada no bairro de Jaraguá.
O tema central do Chá de Memória trata sobre “A Formação da Intelectualidade Alagoana no Século XIX”. Além do lançamento dos livros, a programação conta também com apresentação artístico- cultural e Bazar da Rede Feminina de Combate ao Câncer de Alagoas. As obras estão sendo lançadas pela Editora Cesmac, Editora da Universidade Estadual de Alagoas (EDUNEAL), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (FAPEAL) e Imprensa Oficial Graciliano Ramos.

 
Confira abaixo o resumo sobre cada obra:
A presença holandesa: a história da guerra do açúcar vista por Alagoas”

 

Livro construído sobre uma admirável metodologia, que alarga e aprofunda o conteúdo estudado, escapando da velha dicotomia da reflexão historiográfica brasileira contemporânea. Em vários níveis e tipos do real, nós vemos o pensamento do autor se constituir pela exploração de conceitos claros e objetivos, o que lhe permite deixar de lado o modo meramente descritivo dos fatos, para tratá-los de maneira dinâmica, ressaltando principalmente a sua interação no processo histórico. (EDUNEAL e Editora Cesmac)
“As vilas operárias, a mulher e o algodão em Alagoas”

Obra de pesquisa que nos faz percorrer “um caminho por mares nunca dantes navegado” nem trilhado nas leituras do dia a dia. Prof. Douglas Apratto oferece-nos nesse estudo um desdobramento do projeto dos calendários anuais da Fundação de Amparo à Pesquisa de Alagoas-Fapeal que junto ao prof. Golbery Luiz Lessa apresentaram Tecelagem da Memória um estudo apresentando o algodão na formação econômica de Alagoas como um produto agrícola que se estabeleceu na base do trabalho escravo, levando a um surto de desenvolvimento tão esquecido na hinterlândia, dando visibilidade ao esquecido mundo têxtil.  
“O silêncio dos esquecidos: a vida intelectual nascente em uma província periférica”

O trabalho — messe de maturidade, brinde da experiência de pesquisador dos fastos regionais (neste terreno que é cadinho sociológico da vida brasileira: as Alagoas), síntese-sumo em onze capítulos —, se impõe feito extenso painel e devido a seu aspecto policromático. Mescla prosaico e erudito. Constitui monografia de recortes (um tantinho desconexa, reconheça-se, em razão do que ambiciona emoldurar), todavia dotada de abrangência. Contempla sugestão e diversidade.
 
"A Tragédia do Populismo: o impeachment de Muniz Falcão"

A obra, inicialmente escrita em meados da última década do século 20, oferece ao leitor a possibilidade de conhecer alguns homens que fizeram a história do estado de Alagoas, como também lhe permite a compreensão de tratar-se o populismo de uma ideologia rasa embasada em conjunto de práticas políticas que se justificam como um apelo ao povo, geralmente confrontando esse grupo à elite local. Essas duas comunidades possuem, teoricamente, interesses irreconciliáveis; contudo, com o decorrer dos anos, surgem líderes que por determinado período se apresentam não somente como acreditados e adorados, para logo após naufragarem envoltos nas chamas da tragédia.
 
Sobre o Autor
Douglas Apratto é doutor em História pela Universidade Federal de Alagoas (UFPE). Além de professor universitário foi Secretário de Estado da Educação e organizador das Coleções Memórias Legislativas, Memória Cultural e Memória Feminina de Alagoas. É um dos maiores difusores do conhecimento histórico sobre Alagoas. Mesmo com uma obra vasta e profunda, amplamente reconhecida no meio intelectual e acadêmico, o historiador é responsável pela democratização do acesso às informações sobre o passado alagoano, publicando boa parte das pesquisas em publicações direcionadas ao público não iniciado, numa linguagem simples e descomplicada.