III WAMAI e I Encontro Interdisciplinar dos cursos de Serviço Social, Psicologia e Direito debate questões Étnico Raciais sob vários olhares

Programação acontece até a noite de hoje, 14, com exposições de trabalhos, oficinas e palestras

14/05/2019 às 14h58

Com programação intensa que teve início na tarde de ontem, 13, o Centro Universitário CESMAC está realizando o III Workshop Acadêmico Multidisciplinar Afro e Indígena - WAMAI e o I Encontro Interdisciplinar dos cursos de Serviço Social, Psicologia e Direito, além da participação da Coordenação Geral de Extensão.
O evento tem caráter integrador, por isso reúne o Núcleo Acadêmico Afro e Indígena – NAFRI/CESMAC e as três graduações envolvidas para possibilitar uma atividade incluindo série de debates sobre questões voltadas para a temática da “Proteção Social Afro e Indígena”, com ampliação dos conteúdos envolvendo diversas áreas do conhecimento.
Na tarde de ontem foram realizadas exposições de trabalhos acadêmicos com temas como: “O Alcoolismo em Etnias Indígenas – uma revisão de Literatura” (Psicologia); “Ações do Grupo de Estudo e Pesquisa de Pequenos Animais (GEPPA) em Comunidade Quilombola do Município de Santa Luzia do Norte – AL” (Medicina Veterinária); “Violência Étnico Racial e de Gênero” (Serviço Social); “Análise Constitucional e Jurisprudencial da Demarcação do Território Wassu Cocal (Direito), entre outros.
No período da noite, teve a palestra sobre “Questão Étnico Racial na Perspectiva de Gênero e Violência, com a Profa. Dra. da Universidade Federal de Alagoas - UFAL, Marli Araújo, docente do Campus Palmeira dos Índios. Houve ainda apresentação cultural  com a presença da líder comunitária da Comunidade Quilombola de Santa Luzia do Note, Tota e a Conferência de Abertura sobre “Proteção Social Afro e Indígena”, com o Prof. Dr. Saulo Luders Fernandes, também da UFAL.

Segundo a Profa. Doutoranda Janne Eyre Araújo, “esse evento é extremamente importante principalmente na nossa instituição CESMAC, devido a relevância de se compreender esses povos afro e indígenas, as origens desse homem primitivo e quem é primitivo, índio ou negro? Sabemos que hoje existe uma mistura do homem branco com os indígenas, com os afro e indígenas, porém, compreender essa origem é muito interessante, principalmente para a Psicologia. O objetivo do evento é mostrar a multidisciplinaridade, aqui temos quatro cursos, Psicologia, Medicina Veterinária, Direito e Serviço Social. Esses cursos mostram como cada um deles vê essa temática. Para os alunos é muito interessante, pois se sentem fazendo parte disso, não só com palestras, mas também apresentando aquilo que muitas vezes é falado em sala de aula”.
Ao todo, a programação com14 trabalhos na área de Direito, 17 em Serviço Social, 20 de Psicologia e seis na Medicina Veterinária, totalizando 50 trabalhos de pesquisa nessas áreas. Os debates de hoje, 14, acontecem nas oficinas de temas “Questão Étnico Racial e Culturas Religiosas, com o Prof. Me. Daniel Marinho, da Secretaria de Estado da Educação – SEDUC e também do NAFRI e sobre             “Questão Étnico Racial na Perspectiva dos Direitos Sociais e Agrários, conteúdo repassado pelo Prof. Me. Sandro Calheiros Lobo, também do NAFRI.
Para a coordenadora do curso de Psicologia, Profa. Ma. Sônia Helena, “o evento é muito significativo para os graduandos, pois estão estudando matemática transversal e, além de trabalhar o tema, desenvolvem a integração com outros cursos, como Direito e Serviço Social. Portanto, para as nossas atividades complementares é de suma importância essa oportunidade, além de estimular a pesquisa dentro dos cursos”, afirmou.

De acordo com a aluna do curso de Serviço Social, que apresentou o trabalho intitulado “Expressões do Racismo na Sociedade Capitalista e suas Múltiplas Manifestações”, Carmecita Alves, “os estudos concluíram que negros continuam sofrendo racismo, opressão, exclusão e injustiças. Como nosso sistema é capitalista, não tem como fugir do racismo. Cada vez mais o negro é excluído socialmente”.

 Ana Catarina Soares, do 10º período do curso de Medicina Veterinária, apresentou trabalho que foi sua Tese de Conclusão de Curso e Projeto de Extensão realizado pelo Centro Universitário CESMAC junto com estudos de Buiatria, que é uma subárea da Medicina Veterinária dedicada a ruminantes domésticos, principalmente caprinos, ovinos e bovinos para ser economicamente viáveis para as tribos. “Utilizamos o plantel que eles já tinham, de baixo valor zootécnico, fazendo com que esses animais tivessem valor agregado, ensinando a eles a melhorar o manejo, tanto nutricional, quanto reprodutivo como sanitário, auxiliando assim no aumento do rebanho e fazendo com que seus animais pudessem ser economicamente viáveis. Não apenas uma criação de subsistência, mas para gerar renda para a comunidade”, concluiu a estudante.